Funcionário da ANGOP capacitados sobre higiene Digital e Litaracia Financeira
- Dezembro 16, 2025
- Publicado por: admin
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Benguela – Funcionários da Delegação da Agência Angola Press (ANGOP) na província de Benguela foram capacitados, nesta quinta-feira, sobre higiene digital e literacia financeira.
A referida formação foi realizada pela empresa The Bridge Global, no âmbito do projecto Cidadão Digital, de iniciativa da Empresa Interbancária de Serviços S.A.(EMIS), autoridade angolana que gere a infra-estrutura tecnológica do sistema financeiro angolano, como a rede multicaixa e a câmara de compensação automatizada.
Falando à ANGOP, o supervisor da The Bridge Global, Levy Manuel, explicou que a pretensão é a partilha de técnicas para adopção de medidas de segurança para identificar situações fraudulentas e criminosas, bem como o uso de ferramentas de pagamento digitais.
Referiu-se a ocorrências dos últimos tempos, através de chamadas telefónicas com informações falsas, como atribuição de prémios, para enganar as pessoas.
“É preciso saber que o banco ou outras instituições financeiras não pedem dados pessoais por via telefónica”, lembrou.
Segundo ele, quando isso acontecer é porque o criminoso quer se aproveitar da pessoa para extorquir dinheiro. “Neste caso deve-se bloquear o seu número e levar o problema à Polícia Nacional”, aconselhou.
Sugeriu a criação de palavras-passe fortes e difíceis de adivinhar, evitar usar as mesmas em várias plataformas e, se desconfiar do remetente, nunca abrir o link enviado por ele.
O tema Higiene Digital incidiu sobre a necessidade de ter hábitos de prevenção para impedir ataques informáticos.
O crime informático com o nome técnico de “Fishing”, é um ciberataque através de e-mails, com links direcionados para páginas falsas.
“Neste quesito, o criminoso pede para o utente inserir dados confidenciais para ter acesso à sua conta bancária”, explicou.
No “Smishing”, o cibercriminoso envia um link por mensagem, seja por whatsapp ou outras aplicações.
Já o “Vishing” é uma fraude concretizada através de chamada telefónica, durante a qual o criminoso faz-se passar por um funcionário bancário ou de uma empresa de confiança, alegando haver um problema. Logo a seguir, pede com muita urgência os dados pessoais e confidenciais, como os do cartão ou código de segurança.
Na literacia financeira destacam-se informações de manuseamento em certos aplicativos, como fazer um pagamento por código QR no Terminal de Pagamento Automático (TPA), pagamentos através do multicaixa Express e online.
Até ao momento, o projecto Cidadão Digital já atingiu um milhão de pessoas no país, segundo o supervisor.
Teve início em Luanda, em 2022, e no ano a seguir fez-se a primeira experiência na província de Benguela e actualmente já está em evidência no Huambo.
“Há perspectivas de levar o projecto para outras províncias, porque o objectivo é a massificação dessa literacia para maior abrangência a nível do país”, informou.
Levy Manuel adiantou que, em 2026, está em perspectiva o seu arranque na província da Huíla, onde se espera igualmente “boa recepção”, como nas províncias onde já existe.
As formações baseiam-se no sistema áudio-visual e em campanhas de sensibilização nas ruas e mercados.
TC/CRB